quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Histórico da Escola

CONHEÇAM UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA

A Escola Severino Farias originou-se do desmembramento do Colégio Estadual Pio XII que era mantido por um convênio entre a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco (SEE/PE) e os Irmãos Maristas. Em 1975, com o fim deste convênio, passou a existir duas escolas distintas: uma da rede privada – o atual Colégio Marista Pio XII - e outra de rede pública – a atual EREM Severino Farias.

Em 02/05/75 foi nomeada a professora Célia de Farias Arruda, diretora do Colégio Estadual Pio XII, que passou a funcionar a partir de 07/08/75, no prédio do Grupo Escolar Ana Faustina, cedido provisoriamente para este fim. Pelo Decreto 3942 do dia 18/02/76 publicado no Diário Oficial - D.O. de 19/02/76 o Colégio Estadual Pio XII passou a denominar-se Escola Estadual Severino Farias. Esta denominação foi modificada para Escola Severino Farias pela Portaria nº4117 de 22/10/1997, publicada no D.O. de 24/10/1997. A denominação atual, Escola de Referência em Ensino Médio Severino Farias, foi determinada pelo Decreto nº 34.608 de 12/02/2010, publicado no D.O. de 13/02/2010.

O nome da Escola foi uma homenagem ao industrial e agropecuarista Severino Barbosa de Farias, um dos líderes políticos da região, nas décadas de 50 e 60, e pai do ex-senador Antônio Farias, importante político surubinense.

A Escola Severino Farias tem como símbolos o Hino, com letra de Maria José L. Carneiro e música de Lenira Pinto, além do Escudo que foi idealizado pelo arquiteto Ernesto Vilaça, e, passou a ser utilizado a partir de 1977. A parte superior do emblema é azul, de forma arredondada, representa a luz do saber sendo derramado sobre o livro, instrumento do estudo e do trabalho no ambiente escolar. Os dois losangos amarelos, representam o livro, irradiando para as mentes juvenis o conhecimento acumulado no decorrer da história humana. A bandeira é composta por três barras horizontais: uma branca que contém o escudo, uma verde, lisa, e outra azul contendo as iniciais da Escola na cor amarela.

A identidade da Escola Severino Farias como Escola Estadual (como é conhecida na comunidade) firmou-se em 1977 com a inauguração do novo prédio, que foi construído na gestão do governador Dr. José Francisco de Moura Cavalcanti, sendo Secretário de Educação o Dr. José Jorge de Vasconcelos Lima. Este prédio, um projeto de construção de Anselmo Luiz Campello, foi inaugurado em 28 de agosto de 1977, e, contava inicialmente com oito salas de aula, quatro salas ambiente equipadas para as disciplinas de Práticas Comerciais, Industriais, Integradas do Lar e Comerciais, uma sala de Ciências, uma sala de Arte e Desenho, um Gabinete Odontológico, uma Sala de Professores, uma Sala de Orientação Educacional, uma Biblioteca, um Almoxarifado, uma Cantina, uma Secretaria, uma Diretoria, 16 (dezesseis) Sanitários. Em 1978, foram construídas mais quatro salas de aulas com recursos do Governo Estadual, e, em 1980, a quadra de esportes foi ampliada com recursos obtidos através de campanhas na escola. Em 08 de março de 1993, foi reinaugurada a antiga Quadra de Esportes Antônio Farias Filho, agora ampliada e coberta, e com a designação Ginásio de Esportes Geraldo da Mota Barbosa.
As características arquitetônicas do prédio da Escola Estadual e a riqueza e variedade de equipamentos recebidos na inauguração, demonstram a influência tecnicista que definiu seu projeto inicial, onde o interesse imediato era de produzir indivíduos competentes para o mercado de trabalho, reafirmando a ordem social vigente – o sistema capitalista – articulando-se diretamente com o sistema produtivo. Esta tendência está clara também no currículo implantado. Ao longo de sua história, a Escola Severino Farias tem procurado superar a tendência tradicional, valorizando a ação pedagógica inserida na prática social concreta.

A Escola Severino Farias funcionou com 1º e 2º graus (científico) até 1977, 1º e 2º graus (Habilitação Básica em Comércio) de 1978 a 1990, Estudos Gerais a partir de 1989, Pré Escolar a partir de 1990, Turma de Deficientes Auditivos (DA) a partir de 1987 até os dias atuais. O curso de formação para Magistério funcionou de 1986 até 1999 e em 2000 foi implantado o Curso Normal Médio. No período de 2000 a 2004, funcionou como Agência Formadora (AGF) do Programa de Formação de Professores em Exercício (PROFORMAÇÃO)[1], atuando em parceria com diversos municípios da região do Vale do Capibaribe na formação de professores de educação infantil e primeira fase do ensino fundamental.



[1] PROFORMAÇÃO – um curso de nível médio, com habilitação em Magistério, na modalidade de ensino a distância, realizado em parceria com o MEC, Estado e Municípios. Este Programa destinava-se aos professores que não possuíam a habilitação mínima legalmente exigida e lecionavam nas quatro séries iniciais, classe de alfabetização e pré-escola das escolas públicas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Seu itinerário histórico contempla a inclusão de pessoas com deficiência auditiva e/ou visual, o desenvolvimento, pioneiro na GRE, de projetos de educação ambiental, a implementação de Projeto Salas Temáticas com mudanças na gestão do tempo e espaço pedagógicos, e a formação inicial de professores para os anos iniciais do Ensino Fundamental.

Quanto ao atendimento a pessoas com deficiência, as primeiras turmas de estudantes com deficiência auditiva foram formadas no ano de 1987 e, em 1999, passou a atender também alunos com deficiência visual. Gradativamente, estes estudantes passaram a ser integrados nas turmas regulares. Alguns destes estudantes cegos encontraram nas atividades do Coral da Escola Severino Farias uma importante forma de inclusão social.

Quanto aos projetos de educação ambiental, aconteceu no período de 1990 até 1993 o Projeto interdisciplinar “A Natureza está em Nossas Mãos”, um trabalho que visava à formação de uma consciência ambientalista em toda a comunidade escolar, destacando-se, neste período, a produção dos videodocumentários “Realidade Ambiental de Surubim” (1991) e “Surubim Hoje” (1992), além do funcionamento de uma unidade demonstrativa de reciclagem de papel.

Em 1991, o trabalho “Reconhecendo o Ecossistema de Surubim” foi apresentado na Sessão de Comunidade Oral no IV Encontro: Perspectivas do Ensino de Biologia, na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Este mesmo trabalho foi apresentado em 1993, por ocasião da I Mostra de Ciências na 45ª Reunião Anual da SBPC (1993) – 1ª SBPC Jovem, em Recife – UFPE. O trabalho de educação ambiental realizado no município de Surubim com a parceria ECINE/UNICEF denominado “Município – Criança – Ambiente”, foi citado na publicação da UNICEF “Criança e Educação Ambiental – duas experiências brasileiras” (1994).

Na construção e desenvolvimento de sua proposta pedagógica, a Escola Severino Farias tem procurado desenvolver o tema transversal ‘Meio Ambiente’ em todo o currículo escolar realizando projetos interdisciplinares de educação ambiental, sempre contando com a parceria de organizações não governamentais e órgãos do governo municipal ou estadual, como também de Universidades, a fim de desenvolver a sensibilidade, a ética e o respeito nas relações interpessoais e com a natureza.

Em 1998, o Projeto “Robôs”, do aluno Ivan Márcio Barbosa, conquistou o 1º lugar geral na IV Ciência Jovem, a Feira Estadual de Ciência, o que lhe garantiu a participação, em 1999, na 7ª SBPC Jovem, na 51ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Porto Alegre/RS. Além disso, em 2000, o Projeto “Calcário” obteve o 2º lugar – Ensino Médio, na VI Ciência Jovem; em 2002 o Projeto “Lixo Hospitalar – Doença para o Meio” conquistou o 2º Lugar Regional Nordeste – Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente – Projeto de Ciências – Ensino Médio e, em 2005, o Projeto “A Questão Ambiental em Surubim”, na categoria ensino médio, na modalidade Projeto de Ciências, recebeu Diploma de Honra ao Mérito da Coordenação Regional Nordeste I da 2ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente.

Implementado em 2004 e ainda vigente, o Projeto Salas Temáticas prevê uma nova organização do tempo e espaço escolares, com vistas a oferecer ambientes promotores de aprendizagens, melhorar as condições de trabalho e a competência profissional dos professores e facilitar o uso de equipamentos e materiais de ensino-aprendizagem diversificados.

As Salas Temáticas são salas de aula específicas para o ensino das diferentes disciplinas, onde o professor organiza seus materiais didáticos em um mesmo local. Nessa opção de disposição do espaço, são os alunos que se deslocam pela escola, de uma sala para outra, e não o professor.
Dentre os títulos alcançados, evidencia-se o “Destaque Nacional” no Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar[1], ano base 2004.

Foi sempre considerada de grande porte, múltipla no atendimento à comunidade ofertando, até o ano de 2010, as modalidades de Ensino Fundamental, Ensino Médio, Normal Médio, EJA fundamental, Educação Especial, além de Núcleo de Línguas e Programas como o Travessia[2], Pro-Jovem[3], Escola Aberta[4].



[1] O Prêmio Gestão Escolar é um reconhecimento do Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) a projetos inovadores e gestões competentes na educação básica do ensino público brasileiro. O objetivo da premiação é estimular que escolas públicas mostrem o desenvolvimento de suas gestões, além de incentivar o processo de melhoria contínua na escola, pela elaboração de planos de ações, tendo como base uma autoavaliação.
[2] Travessia – Programa de aceleração em estudos do Ensino Médio, para diminuir a distorção idade-série no Estado de Pernambuco.
[3]ProJovem Urbano – programa federal que visa proporcionar formação integral aos jovens, por meio de uma efetiva associação entre formação básica, para elevação da escolaridade, qualificação profissional e, Participação Cidadã. (http://www.projovem.gov.br/site/)
[4] O Programa Escola Aberta incentiva e apoia a abertura, nos finais de semana, de unidades escolares públicas, potencializando a parceira entre escola e comunidade com atividades educativas, culturais, esportivas, de formação inicial para o trabalho e geração de renda. (http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16739&Itemid=811)

Em novembro de 2009, numa reunião promovida pela Gerência Regional de Educação (GRE) e ocorrida na Escola Severino Farias, em que houve a participação de educadores, funcionários, pais e comunidade em geral, foi discutida e aprovada pela comunidade escolar presente a proposta de implementação do Programa de Educação Integral, uma política educacional para o ensino médio no Estado de Pernambuco.

Ao fazer parte do Programa de Educação Integral, a EREM Severino Farias passou a assumir, a partir de 2010, o perfil de Escola de Referência em Ensino Médio, previsto pela Secretaria de Educação conforme a Lei Complementar Nº 125 de 10/07/2008, que cria e regulamenta o referido Programa.

A partir de 2012, a EREM Severino Farias passou a adotar o Programa de Ensino Médio Inovador (ProEMI) do MEC, que veio dar suporte técnico e financeiro às atividades de ampliação do tempo de permanência diária do estudante na escola. O ProEMI objetiva, segundo seu Documento Orientador (BRASIL, 2009), apoiar e fortalecer o desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas de ensino médio, ampliando o tempo dos estudantes na escola e buscando garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornem o currículo mais dinâmico, atendendo também as expectativas dos estudantes do Ensino Médio e às demandas da sociedade contemporânea. Para isto, a escola elaborou seu projeto de redesenho curricular (PRC), visando o desenvolvimento de atividades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia. O MEC propõe oito macrocampos que contemplam as diversas áreas do conhecimento e geram as atividades complementares ou integradoras; no caso da EREM Severino Farias, o PRC contempla cinco, a saber:  Acompanhamento Pedagógico; Iniciação à Pesquisa Científica; Leitura e Letramento (macrocampos obrigatórios em Pernambuco); Participação Estudantil; e, Produção e Fruição das Artes (macrocampos escolhidos pela escola).

Em 2014 foi implantada a Educação de Jovens e Adultos (EJA) Ensino Médio no turno noturno, visando atender os estudantes fora de faixa etária e que necessitam trabalhar durante o dia.

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