domingo, 20 de setembro de 2015

DESFILE CÍVICO - 2015

 DESFILE CÍVICO – 2015 – EREM SEVERINO FARIAS

A Escola de Referência em Ensino Médio Severino Farias tem como missão a formação humana integral do estudante, colaborando para que seja um cidadão ético e solidário, atuante na transformação da sociedade.
Com a gestão da professora Verônica Geriz, a escola conta com trinta e dois professores que atendem 480 estudantes, além de uma equipe técnico–pedagógica-administrativa constituída por 27 funcionários.

Integrando-se às comemorações do aniversário de emancipação do Município de Surubim, a EREM Severino Farias abre seu desfile com os estandartes e seu Escudo.   Em seguida, a escola expressa suas felicitações ao município aniversariante, enaltecendo a grandeza do povo surubinense por meio de uma faixa que diz: 





SURUBIM,
O TEU PROGRESSO SE ALICERÇA NA EDUCAÇÃO E FORÇA DO TEU POVO.

A Escola sozinha não transforma a sociedade, mas sem ela, dificilmente alguma transformação acontece. Podemos contribuir para formar homens e mulheres capazes de transformar a sociedade em que vivem; esta é a nossa esperança e o nosso trabalho.
O grupo que vem a seguir é formado por estudantes uniformizados representando o corpo discente da EREM Severino Farias que, neste momento, homenageia Surubim.
 Logo em seguida, e abrilhantando o desfile, temos a Banda Marcial Severino Farias, composta por 35 componentes, sob a regência do professor Flávio Dionísio.

Após a Banda Marcial, a Escola Severino Farias inicia suas alegorias referentes ao tema cultural contemplado no Desfile deste ano de 2015: 






BANDA MARCIAL





(FAIXA): PARNASIANISMO: ARTE PELA ARTE
O parnasianismo é uma escola literária que chega ao Brasil no século XIX, e que retoma o passado clássico, priorizando a beleza e a estética como elementos fundamentais da produção artística literária. O principal LEMA do movimento é: ARTE PELA ARTE. O sentimentalismo do romantismo é substituído pela objetividade e valorização da ciência e do positivismo.
Os estudantes que compõem esta ala fazem alusão aos deuses gregos e ao monte Parnaso, elementos que caracterizam a essência do parnasianismo dando, inclusive, origem ao nome da Escola literária ora apresentada.

A próxima faixa faz referência aos poetas da tríade parnasiana que é constituída pelos três poetas mais representativos do parnasianismo brasileiro: OLAVO BILAC, RAIMUNDO CORREIA E ALBERTO DE OLIVEIRA.





(FAIXA):  TRÍADE PARNASIANA: OLAVO BILAC, RAIMUNDO CORREIA E ALBERTO DE OLIVEIRA
Após a faixa, temos três estudantes representando os poetas no árduo trabalho de construção do poema, fazendo e refazendo cada verso buscando a perfeição estética. Na visão do Parnasianismo a poesia que antes era concebida como resultado de inspiração passa a ser entendida e produzida com muito trabalho do poeta, um trabalho árduo e difícil.






A próxima faixa traz versos do poema “Vaso Grego”, de Alberto de Oliveira, um dos componentes da Tríade Parnasiana:

(FAIXA):  “A TAÇA AMIGA AOS DEDOS SEUS TINIA,
TODA DE ROXAS PÉTALAS COLMADA...”
Alberto de Oliveira

Dois poemas de Alberto de Oliveira, considerados mais representativos do Parnasianismo falam de estética, ornamentos, deuses gregos, admiração e beleza. São os sonetos “Vaso Chinês” e “Vaso Grego” que estão representados pelos estudantes da EREM Severino Farias por meio da reconstrução de cenas dos poemas escritos nos banners trazidos pelos alunos.








 

(FAIXA): “TAMBÉM DOS CORAÇÕES ONDE ABOTOAM,
OS SONHOS, UM POR UM, CÉLEBRE VOAM,
COMO VOAM AS POMBAS DOS POMBAIS.”
Raimundo Correia

Raimundo Correia foi um sonetista admirável e, segundo Manuel Bandeira, foi autor de “alguns dos versos mais misteriosamente belos da nossa língua." Foi chamado o “Poeta das pombas” por expressar de maneira magnífica a metáfora do desenrolar da vida em seu soneto “As Pombas”.

Os estudantes que compõem esta ala simbolizam as pombas que Raimundo Correia, em seu poema, relaciona de maneira tão expressiva aos sonhos, num constante movimento de idas e vindas.


 A seguir, temos mais uma faixa com um trecho do poema “As Pombas”, de Raimundo Correia, outro componente da Tríade Parnasiana:




(FAIXA): “E EU VOS DIREI: AMAI PARA ENTENDÊ-LAS!
POIS SÓ QUEM AMA PODE TER OUVIDO
CAPAZ DE OUVIR E DE ENTENDER AS ESTRELAS”
Olavo Bilac

Olavo Bilac foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e considerado o maior nome parnasiano brasileiro. É autor do Hino à Bandeira Nacional. A correção da linguagem, o rigor da forma e a espontaneidade são as principais características de seus versos.
Um de seus temas preferidos é o amor, cantado sob o domínio do sentimentalismo, fugindo às características parnasianas, como se pode observar nos 35 sonetos de Via Láctea. As estrelas têm presença marcante em seus versos, ora aparecem como confidentes, ora como testemunhas ou conhecedoras do mistério da vida.
Nesta ala, os estudantes representam a via láctea, o céu, as estrelas dos sonetos de Olavo Bilac.

A próxima ala homenageia a poesia de Francisca Júlia que, apesar de não constar na Tríade Parnasiana, foi uma artista que seguiu rigorosamente os padrões franceses de impessoalidade e impassibilidade professando a "arte pela arte". É considerada poetisa das musas, graças a um dos seus poemas mais famosos: “Musa Impassível”, cujos versos encontram-se na faixa trazida pelos alunos.







(FAIXA): “LEVA-ME LONGE, Ó MUSA IMPASSÍVEL E BRANCA!
LONGE, ACIMA DO MUNDO, IMENSIDADE EM FORA.”
Francisca Júlia

Muito pouco se escreveu sobre o maior vulto feminino do parnasianismo brasileiro. Num universo inteiramente dominado por poetas do chamado sexo forte, Francisca Júlia provou que mulher também sabia fazer poesia de qualidade. Como poucos, criou versos perfeitos e em nada ficou a dever à chamada Tríade Parnasiana, cujos integrantes foram seus admiradores e principais incentivadores.

Poeta do Impassível, valendo-se de uma linguagem e de figuras mitológicas e históricas próprias de um gosto parnasiano, encantou os seus contemporâneos. Para homenagear Francisca Júlia, as alunas desfilam caracterizadas de musas, uma referência ao incontestável talento literário da autora de “Musa Impassível”.



O desfile se encerra com os professores, equipe gestora, equipe pedagógica e funcionários trajando-se elegantemente.





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