DESFILE CÍVICO – 2015 – EREM
SEVERINO FARIAS
A Escola de Referência em Ensino Médio Severino
Farias tem como missão a formação humana integral do estudante, colaborando
para que seja um cidadão ético e solidário, atuante na transformação da
sociedade.
Com a gestão da professora Verônica Geriz, a escola
conta com trinta e dois professores que atendem 480 estudantes, além de uma
equipe técnico–pedagógica-administrativa constituída por 27 funcionários.
Integrando-se
às comemorações do aniversário de emancipação do Município de Surubim, a EREM
Severino Farias abre seu desfile com os estandartes e seu Escudo. Em
seguida, a escola expressa suas felicitações ao município aniversariante, enaltecendo
a grandeza do povo surubinense por meio de uma faixa que diz:
SURUBIM,
O TEU
PROGRESSO SE ALICERÇA NA EDUCAÇÃO E FORÇA DO TEU POVO.
A Escola
sozinha não transforma a sociedade, mas sem ela, dificilmente alguma
transformação acontece. Podemos contribuir para formar homens e mulheres
capazes de transformar a sociedade em que vivem; esta é a nossa esperança e o
nosso trabalho.
O grupo
que vem a seguir é formado por estudantes uniformizados representando o corpo
discente da EREM Severino Farias que, neste momento, homenageia Surubim.
Logo em seguida, e abrilhantando o desfile,
temos a Banda Marcial Severino Farias,
composta por 35 componentes, sob a regência do professor Flávio Dionísio.
Após a
Banda Marcial, a Escola Severino Farias inicia suas alegorias referentes ao
tema cultural contemplado no Desfile deste ano de 2015:
BANDA MARCIAL
(FAIXA): PARNASIANISMO: ARTE PELA ARTE
O
parnasianismo é uma escola literária que chega ao Brasil no século XIX, e que retoma
o passado clássico, priorizando a beleza e a estética como elementos
fundamentais da produção artística literária. O principal LEMA do movimento é:
ARTE PELA ARTE. O sentimentalismo do romantismo é substituído pela objetividade
e valorização da ciência e do positivismo.
Os
estudantes que compõem esta ala fazem alusão aos deuses gregos e ao monte
Parnaso, elementos que caracterizam a essência do parnasianismo dando,
inclusive, origem ao nome da Escola literária ora apresentada.
A próxima faixa faz
referência aos poetas da tríade parnasiana que é constituída pelos três poetas
mais representativos do parnasianismo brasileiro: OLAVO
BILAC, RAIMUNDO CORREIA E ALBERTO DE OLIVEIRA.:
(FAIXA): TRÍADE PARNASIANA: OLAVO BILAC, RAIMUNDO CORREIA E ALBERTO DE OLIVEIRA
Após a faixa, temos três estudantes
representando os poetas no árduo trabalho de construção do poema, fazendo e
refazendo cada verso buscando a perfeição estética. Na visão do Parnasianismo a
poesia que antes era concebida como resultado de inspiração passa a ser
entendida e produzida com muito trabalho do poeta, um trabalho árduo e difícil.
A próxima
faixa traz versos do poema “Vaso Grego”, de Alberto de Oliveira, um dos
componentes da Tríade Parnasiana:
(FAIXA): “A TAÇA AMIGA AOS DEDOS SEUS TINIA,
TODA DE ROXAS PÉTALAS COLMADA...”
Alberto
de Oliveira
Dois poemas
de Alberto de Oliveira, considerados mais representativos do Parnasianismo falam
de estética, ornamentos, deuses gregos, admiração e beleza. São os sonetos
“Vaso Chinês” e “Vaso Grego” que estão representados pelos estudantes da EREM
Severino Farias por meio da reconstrução de cenas dos poemas escritos nos
banners trazidos pelos alunos.
(FAIXA):
“TAMBÉM
DOS CORAÇÕES ONDE ABOTOAM,
OS SONHOS, UM POR UM, CÉLEBRE VOAM,
COMO VOAM AS POMBAS DOS POMBAIS.”
Raimundo Correia
Raimundo
Correia foi um sonetista admirável e, segundo Manuel
Bandeira, foi autor de “alguns dos versos mais misteriosamente belos da nossa
língua." Foi chamado o “Poeta das pombas” por
expressar de maneira magnífica a metáfora do desenrolar da vida em seu soneto
“As Pombas”.
Os estudantes que compõem esta ala simbolizam as pombas que
Raimundo Correia, em seu poema, relaciona de maneira tão expressiva aos sonhos,
num constante movimento de idas e vindas.
A seguir, temos mais uma faixa com um trecho do poema “As Pombas”, de Raimundo Correia, outro componente da Tríade Parnasiana:
(FAIXA): “E EU VOS DIREI: AMAI PARA ENTENDÊ-LAS!
POIS SÓ QUEM AMA PODE TER OUVIDO
CAPAZ DE OUVIR E DE ENTENDER AS ESTRELAS”
Olavo Bilac
Olavo
Bilac foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e considerado o
maior nome parnasiano brasileiro. É autor do Hino à Bandeira Nacional. A
correção da linguagem, o rigor da forma e a espontaneidade são as principais
características de seus versos.
Um
de seus temas preferidos é o amor, cantado sob o domínio do sentimentalismo,
fugindo às características parnasianas, como se pode observar nos 35 sonetos de
Via Láctea. As estrelas têm presença marcante em seus versos, ora
aparecem como confidentes, ora como testemunhas ou conhecedoras do mistério da
vida.
Nesta
ala, os estudantes representam a via láctea, o céu, as estrelas dos sonetos de
Olavo Bilac.
A próxima
ala homenageia a poesia de Francisca Júlia que,
apesar de não constar na Tríade Parnasiana, foi uma artista que seguiu
rigorosamente os padrões franceses de impessoalidade e impassibilidade professando
a "arte pela arte". É considerada poetisa das musas, graças
a um dos seus poemas mais famosos: “Musa Impassível”, cujos versos encontram-se
na faixa trazida pelos alunos.
(FAIXA):
“LEVA-ME
LONGE, Ó MUSA IMPASSÍVEL E BRANCA!
LONGE, ACIMA DO MUNDO, IMENSIDADE EM FORA.”
Francisca
Júlia
Muito
pouco se escreveu sobre o maior vulto feminino do parnasianismo brasileiro. Num
universo inteiramente dominado por poetas do chamado sexo forte, Francisca
Júlia provou que mulher também sabia fazer poesia de qualidade. Como poucos,
criou versos perfeitos e em nada ficou a dever à chamada Tríade Parnasiana,
cujos integrantes foram seus admiradores e principais incentivadores.
Poeta do
Impassível, valendo-se de uma linguagem e de figuras mitológicas e históricas
próprias de um gosto parnasiano, encantou os seus contemporâneos. Para
homenagear Francisca Júlia, as alunas desfilam caracterizadas de musas, uma
referência ao incontestável talento literário da autora de “Musa Impassível”.
O desfile se encerra com os professores, equipe gestora, equipe pedagógica e funcionários trajando-se elegantemente.